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Enquanto isso em Goiás...

Não tenho com esse texto a intenção de criticar vazia e já tão repetidamente os tais 'revolucionários de redes sociais'. Acredito mesmo que a era da livre informação que vivemos graças ao advento sensacional da internet (e de suas mídias digitais) é fundamental para a mudança que todos pelo menos dizemos querer no modelo de gestão pública. E uma simples confirmação de presença no evento que eu batizo aqui de 'Occupy Civic Square' já é um fruto minimamente relevante nesse processo. É um movimento coletivo onde um pequeno gesto individual pode ser parte integrante de uma revolução comunitária imensa.

Mas a maneira como nos organizamos e pensamos enquanto organismo coletivo ainda é muito errada. Não é saudável nos deixarmos ser tão facilmente manipulados por qualquer disseminador de conhecimento. E não estou falando somente da Revista X ou do 'Jornal N', pois como disse no primeiro parágrafo, esta é uma era em que qualquer um pode produzir e veicular conteúdo gratuitamente. Estou me referindo mais especificamente às lideranças esquerdistas que estão vivendo um verdadeiro momento de apogeu, onde ao invés de zines ultrapassados ou pichações no muro da faculdade, utilizam como meio de veiculação para suas ideias o espaço sem regulamentação e com atenção quase total do público que é a internet.

Não nos rendamos ao estado de histeria coletiva. Não nos configuremos em uma turba que compra ideais sem nem mesmo digerí-los. Formemos nossa própria consciência baseando-nos no que vemos, lemos e principalmente nas nossas próprias experiências de vida. Porque senão estaremos tão somente trocando as lideranças que gerem os recursos públicos segundo os próprios interesses, seja ela de direita, esquerda ou 'centro-ambidestra'. Sair para marchar nas ruas com a cara pintada ou nariz de palhaço já estava sendo feito em 92, duas décadas atrás. Aliás, gente morreu metralhada fazendo isso na Rússia há quase um século. Vamos utilizar nossa maior disponibilidade de recursos e de informação de maneira mais interessante e inovadora, para variar. Vamos pensar com mais abrangência, vamos educar melhor, vamos votar melhor. E quando eu digo 'votar melhor', não estou falando de simplesmente deixar de votar no Marconi Perillo, até porque duvido que o contrário ainda passe pela cabeça de alguém que chegou até esse ponto do meu artigo.

Se é pra comprar todo e qualquer tipo de papo anti-governo, lembremos-nos de que em 2002, quando a maioria de nós não passava de um jovem preocupado em comemorar o penta mundial da seleção de futebol, o polêmico Jorge Kajuru estava fazendo denúncias muito mais sérias do que as envolvendo o drama prolongado da Operação Monte-Carlo. Mesmo assim o que fizemos? Re-elegemos o Marconi para cargos de importância federal pelo menos em mais umas 2 ocasiões (inclusive como um dos senadores mais votados da história do Brasil). Claro que não estou defendendo a idoneidade ou irrefutabilidade de provas presentes no documento redigido pelo dono da extinda Rádio K, mas vale lembrar que na dedicatória do dossiê, antes mesmo de seu prefácio, Kajuru escrevia:

"Desafio os bajuladores de palácio a escreverem um livro que desminta tudo aqui escrito e provado. Mas apresentem documentos."

Eu sigo esperando.
Não é difícil encontrar o Dossiê K disponibilizado gratuitamente online. Ao contrário de alguns estudantes da UFG, que tiveram de ser coagidos por PM's presentes ilegalmente no território federal do Campus Universitário, você pode facilmente adquirir (de graça) e ler seu exemplar digitando 'Dossiê K' no grande google.

Fora de qualquer discussão acerca dos famigerados 'tentáculos de Carlinhos Cachoeira', até porque não concordo com a repercussão e combate exacerbado aos envolvidos nesse escândalo, deixo aqui a minha curta reflexão política. Lembrando que ainda sou apenas um estudante de Publicidade e Propaganda que sabe escrever razoavelmente. Vocês podem livremente concordar comigo, ou não. Até prefiro que discordem, porque o comum acordo nunca gerou mudanças e engrandecimento para ninguém. Eu não confirmei minha presença na Occupy Praça Cívica, não coloquei foto com nariz de palhaço e, se eu fosse parte dos eleitores que costumavam votar no senador Demóstenes Torres, não deixaria de fazê-lo em virtude desse caso vendido. Mas isso eu não quero discutir aqui não.

Arthur Oliveira Moraes
02/04/2012

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Meus pensamentos avulsos em 20 de janeiro de 2012.

Posted by Arthur on 23:23 in , , , ,
A internet: como explicá-la?

Como é a maneira certa de utilizar essa ferramenta? Como ela deve ser legislada de modo a não desrespeitar leis e convenções que vão desde o recentemente famigerado direito autoral à pedofilia e perseguição de assassinos de yorkshire? Quem deve decidir se o fato da Luiza ter ou não voltado do Canadá é digno de ampla propagação? Até onde um compartilhamento do Facebook pode tirar manifestantes do Occupy Wall Street da cadeia ou fazer o governo paulista retirar as tropas da PM dos campi da USP?

Quando foi que um grupo anônimo e mascarado passou a ter o apoio incondicional da classe média padrão, sempre "tão preocupada" com as questões pertinentes na sua timeline? Nessa enfadonha "3° guerra mundial", de que lado devemos ficar? Qual é o nosso papel nessas batalhas? Devemos ficar nas trincheiras, observando e formando senso crítico apenas? Devemos ir para o campo de batalha? Ou ainda, devemos ser reles munição, bucha de canhão que apoia um grupo de super-heróis virtuais, de vigilantes mascarados, numa alegoria perfeita dos personagens da Marvel ou DC, relida em pleno século XXI?

Eu não trago respostas porque não as tenho. Nem eu, nem você, nem o congresso norte-americano, nem o Carlos Nascimento, nem os artistas contra-usina de Belo Monte, nem o 'cara do Megaupload', nem o Anonymous, nem o Guy Fawkes, nem o 'cara do Wikileaks', nem, é claro, a Luiza que está no Canadá e nem ninguém! Somos todos semelhantes e o que faz alguns de nós termos menos poder do que os outros é a burrice instaurada pelo estado de histeria coletiva cada vez mais presente nas redes sociais, e que alguns sabem controlar muito bem.

Eu entendo que todos tentem o que julgam melhor dentro da sua própria esfera de poder, mas sendo o anarco-socialismo o estado utópico e ideal da sociedade contemporânea, a internet não funciona como um laboratório perfeito para isso? Um ambiente até então, pelo menos, sem líderes, sem censura, onde todos têm relativamente a mesma capacidade de propagação de ideias, onde em tese não precisaríamos de um grupo cracker criminoso para nos defender da própria justiça... Talvez ela sirva para entendermos como essa sociedade funcionaria, de modo que esse estado deixaria de ser tão utópico assim, certo?

Por hora, deixemos os Anonymous trabalharem, deixemos as Luizas irem e virem de onde quer que estejam, deixemos o BBB 12 acontecer e ser discutido, deixemos os memes viralizarem e depois desaparecerem (como todo bom vírus) e utilizemos a internet cada um à nosso própria maneira. Eu, por exemplo, me limito a tentar ver tudo o que acontece resistindo para não comentar nada, assim não entrando numa dessas batalhas sem fim que eu acompanho por aí. Assim, me parece mais seguro. Assim eu não perco a razão.



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Fake Plastic Friends

Posted by Arthur on 19:35 in , ,
Amigos de mentira - não me referindo a amigos falsos ou amizades por interesse. Estou falando de pessoas de mentira mesmo. Personas incorporadas em avatares de carne e osso cujas personalidades e ideologias estão muito bem salvas em discos rígidos e contas virtuais. Essa síndrome de internet e redes sociais acomete tanta gente que eu me pergunto aqui, numa paradoxal forma de catarse: é realmente válido tentar ir contra essa tendência onde os profiles compensam o fracasso de suas relações sociais, profissionais e amorosas com uma imagem bem construída perante à comunidade virtual?

Essa geração 'ípslon' que cresceu com esses preceitos fundamentais de popularidade e 'coolness' virtual em detrimento de qualquer outro valor me parece ser um caminho sem volta. O jeito é evitar desapontamentos com as reais personalidades das pessoas se mantendo em casa no twitter ao invés de tentar a sorte lá fora nessa versão moderna do que era a assustadora selva pré-histórica. Os perigos da decepção não podem ser arcados por esses personagens tão seguros em suas poltronas ortopédicas munidos de seus smartphones e laptops de última geração.

É contrato social. Todo mundo sempre tentou passar alguma aparência pra conseguir algum status. Não foi o Marck Zuckerberg quem inventou essa relação bacana. Mas é inegável o quanto as redes sociais e afins fortificam essa experiência de Marketing Pessoal. Self-Branding. É uma lição mais valorosa do que qualquer disciplina de comunicação pode te dar! Cada indivíduo presente no facebook (ou_insira_aqui_a_rede_social_da_moda) cria uma marca a ser defendida sobre todas as coisas. Esse é quem você é. Esse é quem você se tornou. Arthur Moraes

O virtual agora é o real. Não existe Matrix. Não existe Zion.

Não parem de ser assim. Continuem sendo na vida real quem vocês são no mundo virtual acima de qualquer coisa. Acima até mesmo de quem vocês são por essência.

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